segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

"Mensagem de Ano Novo" - com "Carlos Drummond de Andrade"

Amados, 

Estamos por aqui há dois meses. Sinto-me feliz por ter estado com vocês. Gostaria de ter feito mais, conhecido mais, buscado mais...não deu ! Confesso que neste ano, a criação deste blog foi meu melhor empreendimento, o que me causou maior alegria.

Bom, às vésperas do natal e fim de ano, resta-me desejar um feliz natal e grandes realizações no ano vindouro a todos e, em especial a você, Alexandre.

Nesta fase do ano sempre pensamos "puxa como passou rápido", "não deu para fazer a metade do planejado", "o ano que vem vai ser diferente". Penso que isso aconteça com a maioria das pessoas. O tempo passa, as alegrias passam, as pessoas passam,...nós nos distanciamos de quem gostamos por uma série de motivos, perdemos pessoas queridas e muitas vezes nem nos lembramos qual foi a última vez que a vimos...nos omitimos, deixamos de aceitar o que sentimos por motivos inexplicáveis...deixamos de conhecer pessoas que podem mudar o rumo de nossas histórias ou, tornarem-se amigos queridos de toda uma vida, esquecemos que ainda existe o telefone, basta ligar e dizer "oi" e por aí vai....Pensamos novamente "o ano que vem vai ser diferente". Charles Chaplin já dizia que "...pensamos em demasia e sentimos bem pouco". O verdadeiramente incrível de tudo isso é que realmente o ano que vem pode ser diferente. Divagando em meus pensamentos lembrei-me do poema que abaixo deixo para que leiam.  Será bom que façam isso. Após, deixo um belo cartão-vídeo. Acredito que irão gostar do solo.

Recomeçar...

Não importa onde você parou …
em que momento da vida você cansou…
o que importa é que sempre é possível e necessário “Recomeçar”.
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo…
é renovar as esperanças na vida e o mais importante…
acreditar em você de novo…
Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado.
Chorou muito? Foi limpeza da alma.
Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia.
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para “chegar” perto de você.
Recomeçar…
hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar?
Ir alto… sonhe alto…
queira o melhor do melhor…
pensando assim trazemos pra nós aquilo que desejamos…
Se pensarmos pequeno coisas pequenas teremos ….
Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar em nossa vida.
“Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.”

Carlos Drummond de Andrade

sábado, 18 de dezembro de 2010

Há uma gota de mistério em cada composição de Alexandre de Faria !



Nossa!!!
Esta cena de "Escrito nas Estrelas" é simplesmente emocionante. Além da atuação perfeita dos atores (Humberto Martins e Nathalia Dill), percebe-se a delicadeza com que o assunto foi tratado. A questão da reencarnação, ou seja, vidas passadas, gera polêmica por esbarrar na questão da fé e da igreja. É um assunto milenar e cheio de questionamentos até em nossos dias, suscitando fascinantes discussões que, além de intrigar, instiga nossa curiosidade. A trilha tornou a cena ainda mais marcante, com seu toque de mistério. Perceberam o que estava escrito na lápide de Valentina? "Eternamente em busca do meu amado". Lindo demais! Pois é, recebi vários e-mails de visitantes que perguntavam sobre a canção que ao fundo se ouvia. Realmente trata-se de duas composições de Alexandre de Faria que ali fora montada para obedecer a minutagem da cena. Nosso amigo Lucas, já mencionado anteriormente, que conhece bem as composições de Alex nos informou que do início da canção até os dois(2)  minutos e vinte(20) segundos, trata-se de "Adagio para Cordas":
http://www.4shared.com/audio/InpzriCa/Adagio_para_Cordas_-_Alexandre.htm (A montagem não está completa, tem só um trecho).

Em seguida, depois dos dois(2) minutos e vinte(20) segundos, ouve-se a "Adagio para Ricardo": http://www.4shared.com/audio/Qt4_h0p7/Adagio_para_Ricardo_-_Alexandr.htm (na cena a montagem toca repetidamente) até os 5 minutos e 16 segundos).

Pois é, há uma gota de mistério em cada composição de Alexandre. 

A terceira música é "Angel", cantada aqui por Katherine Jenkins, trilha do filme "Cidade dos Anjos". Amo esta canção!!! Só para compararem e curtirem, tomei a liberdade de deixar o vídeo. 

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Fabio Zanon no forum do site www.violao.org fala sobre Alexandre

No site www.violao.org. existe um forum onde vários compositores, estudantes e interessados falam sobre composição e música.
Lá, existe um diálogo entre o participante Lucas e Fábio Zanon muito interessante, que aconteceu em abril/2010. Ambos falam sobre repertório e também sobre Alexandre. Olha só:

- Olá!

estou abrindo um novo tópico para que possamos trocar idéias sobre composições de música brasileira e compositores brasileiros, pois escutando o programa do Zanon e pesquizando em diversos meios encontro algumas obras muito interessantes e que muitas vezes nós violonistas nem temos conhecimento de sua existência.

Posso citar por exemplo: Suite Nazareth de, Entoada de Alexandre de Faria, Tocata Mineira de Eustáquio Grilo (que tem acho que 6 tocatas), temos também diversas peças mais consagradas de Sergio Assad, Marlos Nobre, Radames Gnatalli, sem falar sobre as muito conhecidas de Villa-Lobos e de carater mais popular como Dilermando Reis, Garoto e etc; e tantas outras que poderia citar...

Também já vou entrar em um tema mais polêmico, que trata sobre as edições e como conseguir essas partituras. As três primeiras que citei que eu saiba não existem editadas, eu tenho a tocata mineira (e toco) em copia que o proprio Grilo me passou. Acho que seria uma boa oportunidade para irmos indicando obras e buscando formas dessas peças serem difundidas, editadas, ou mesmo cedidas.

Aqui, Fábio Zanon responde a Lucas, dizendo: ... A Entoada (que é uma sonata em 3 movimentos) está publicada na EMEC da Espanha. Os Prelúdios no 1 e 2 e os dois Concertos ainda não estão publicados. Com compositor vivo é mais fácil, é só mandar um email e pedir. O alexandre frequentou o fórum, dá pra mandar uma MP pra ele.

Essa peça ainda precisa de alguém que a defenda, tem um potencial pra brilhar. O Flávio Apro era muito novo quando a gravou, e a estudou muito rápido, então ela não está com a soltura necessária para dar uma ideia de como pode soar.

Eu sou muito parcial em relação ao Alexandre, acho ele uma das maiores cabeças musicais que o Brasil já produziu. A música dele não é vanguarda mas também não é convencional; usa técnicas que todos conhecem mas não soa parecida com nada. O cara realmente tem um senso de identidade sonora privilegiado.

Os dois Prelúdios (Olhos de uma Lembrança e Death of Desire) são de uma qualidade suprema, música intensa, que força o ouvinte a se engajar. é um privilégio ter um cara desses entre nós, mas se ninguém toca a oportunidade escorre pelos dedos. Conheço pelo menos três pessoas que tocam o no.1.

Dos concertos, só toquei o no.2, várias vezes, é um pós-minimalismo trágico, música simples e séria, lembra os filmes de Tarkovsky.
 
http://vcfz.blogspot.com/2008/12/157-alexandre-de-faria.html

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Andres Segovia no blog de Alexandre de Faria

Alexandre de Faria, com "A Entoada", venceu em 1º lugar o IX Concurso de Composição Andres Segovia. A "Entoada" está editada na Editorial EMEC na Espanha.  No programa de Fábio Zanon, já postado neste blog anteriormente, a história da composição é mencionada. Assim, nada mais do que justo, conhecermos um pouco sobre a história de Andres Segovia. Leia e ficará surpreso com as informações. Vamos lá ? Andrés Segovia, nasceu em Linares na Espanha, aos 21 de fevereiro de 1893. Foi um grande guitarrista espanhol e considerado o pai do violão erudito moderno pela maioria dos estudiosos de música. Andres Segovia dizia que ele "resgatou o violão das mãos dos ciganos flamencos" e construiu um repertório clássico para dar lugar ao instrumento em salas de concerto. Muitos compositores fizeram obras especificamente para ele como Turina, Villa-Lobos, Castelnuovo-Tedesco e Pedrell. Pablo Casals foi um grande admirador e apoiador de Segovia.

A introdução de Segovia à guitarra foi aos quatro anos de idade. Quando era criança, seu tio entoava canções enquanto ele tocava uma guitarra imaginária. Isso incitou Segovia a elevar a guitarra para o status do piano e do violino. Na verdade, Segovia queria que a guitarra fosse tocada e estudada em todos os países e universidades do mundo, passando seu amor por ela para as gerações futuras.

A primeira apresentação de Segovia foi na Espanha aos 16 anos. Poucos anos depois, fez o seu primeiro concerto profissional em Madrid, tocando transcrições de Francisco Tárrega e algumas obras de Bach, que ele próprio transcreveu e arranjou.

A sua primeira tourné foi pela América do Sul em 1916. Em 1924, apresentou-se em Paris e em Londres. Seguiu depois por várias outras cidades na Europa e na Rússia.

Embora não fosse aprovado pela família, ele prosseguiu os estudos em guitarra. A sua técnica diferencia-se das técnicas de Tárrega e dos seus sucessores, como Emilio Pujol. Como Miguel Llobet (que pode ter sido seu professor por um curto período), Segovia atacava as cordas com uma combinação da unha com a carne da ponta dos dedos, produzindo um som mais preciso do que os seus contemporâneos. Com esta técnica, foi possível criar uma paleta de timbres maior, em comparação com o uso da carne ou das unhas sozinhas.

Muitos músicos proeminentes acreditaram que a guitarra de Segovia não seria aceita pela comunidade da música erudita, porque nas suas mentes, a guitarra não poderia ser usada para música erudita. Apesar disso, a excelente técnica de Segovia e o seu toque único atordoaram platéias. Consequentemente, a guitarra não foi mais vista estritamente como um instrumento popular, mas sim como um instrumento apto para tocar música erudita.

Como progredia na sua carreira e tocava para audiências cada vez maiores, Segovia constatou que as guitarras existentes não eram suficientes para tocar em grandes salas de concerto, porque não conseguiam produzir volume de som suficiente. Isso o estimulou a procurar inovações tecnológicas que poderiam melhorar a amplificação natural da guitarra. Trabalhando a par com o Luthier Hermann Hauser, ajudou na construção da que hoje é conhecida como guitarra clássica, de melhores madeiras e cordas de nylon. O formato da guitarra também foi mudado para melhorar a acústica. A nova guitarra podia produzir notas com maior volume sonoro do que os modelos anteriores, usados em Espanha e noutras partes do mundo, embora fosse ainda baseado no modelo básico desenvolvido por Antonio Torres quase 50 anos antes de Segovia nascer. Depois de uma viagem de Segovia pelos Estados Unidos em 1928, Heitor Villa-Lobos compôs e dedicou-lhe os "12 Estudos". Segovia também transcreveu muitas peças eruditas e reescreveu obras transcritas por outros, como Tárrega. Muitos guitarristas nas Américas, entretanto, já tinham tocado as mesmas obras antes de Segovia chegar.

Sua estréia se deu em 1935, com "Chaconne" de J. S. Bach, uma peça difícil para qualquer instrumento (original para violino solo). Mudou-se para Montevideo, fazendo muitos concertos na América do Sul nas décadas de 30 e 40. Depois da II Guerra, Segovia começou a gravar mais frequentemente e a fazer digressões regulares pela Europa e EUA, uma agenda que ele manteria pelos 30 anos seguintes da sua vida.

Segovia ganhou o prémio Grammy pela Melhor Performance Erudita - Instrumentista em 1958, pela sua gravação Segovia Golden Jubilee.

Em reconhecimento à sua enorme contribuição cultural, foi elevado para a nobreza espanhola em 1981, com o título de Marquês de Salobreña.

Andres Segovia continuou a apresentar-se já idoso e viveu uma semi-reforma durante os anos 70 e 80 na Costa Del Sol. Dois filmes foram feitos sobre a sua vida e obra( oprimeiro quando tinha 75 anos e o segundo, 9 anos depois). Estão disponíveis no DVD Andres Segovia - in Portrait.

Segovia teve muitos alunos durante a sua carreira, incluindo alguns guitarristas hoje famosos como Steve Hackett, John Williams, Rouland Solarese, Eliot Fisk, Oscar Ghiglia, Charlie Byrd, Christopher Parkening, Michael Lorimer, Michael Chapdelaine, Virginia Luque e Alirio Diaz. Muitos outros guitarristas, como Lily Afshar, foram também influenciados pelas históricas master-classes. Estes alunos, entre muitos outros, carregam a tradição de Segovia de expandir a presença, o repertório e o reconhecimento da guitarra.

Morreu em Madrid, vítima de ataque cardíaco, aos 94 anos, tendo completado o desejo de transformar a guitarra (outrora um instrumento de dança cigana) num instrumento de concerto. Deixo um vídeo onde Andres Segovia toca Asturias. Veja: 


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Minissérie "Amazonia" - Cabaré de Lola - trilha por Alexandre de Faria

Aqui, Alexandre usou de toda sua sensibilidade e genialidade, construindo um acerco musical para esta minissérie incrível. Pesquisou, reinventou na medida certa as melodias. Aqui vai um trecho de uma das cenas, onde consta um trecho de sua produção. Claro, não esquecendo da nota já citada nas postagens anteriores, quanto ao fato de os vídeos terem sido gravados por terceiros diretamente da TV, muitas vezes com montagem, o que deixa a canção com sons e ruídos que não são parte da música original.

Nota: Conforme Lucas, também um fã de Alexandre de Faria, que sabe muito sobre ele, é a "Valsa Etéria", tocada em América, nas cenas de Tião no limbo, na última semana da novela. "Uma valsa muito bonita". Obrigada Lucas, fico feliz com sua participação. 

Trilha Incidental da Novela "América" - por Alexandre de Faria

Aqui, o peão Tião, ainda no Hospital, revive cenas de sua vida. A trilha é "Tema do Purgatório" (ver considerações abaixo), já postado neste blog, embora sem a imagem. Vale lembrar que o vídeo foi gravado por terceiro diretamente da cena da novela, podendo surgir ruídos ou descontinuidade, o que pode alterar o perfil original da canção.  Lucas, um novo amigo, esclarece algumas postagens dele tanto no youtube como no 4shared, fontes de meu trabalho. Vocês verão abaixo considerações e correções por ele mencionadas. Aqui, ele esclarece que a música se chama na verdade, Sanctus, uma versão sem todos os intrumentos e, na cena os sonoplastas mixaram com a música "A Fábrica" que na época que foi postada no 4shared, foi intitulada "Tema do Purgatório".  
  

Adágio para Cordas (edição 2) - Alexandre de Faria

Trilha Incidental de novela  instrumental (não-oficial).
Nota: Este vídeo foi gravado por terceiros, diretamente da TV, sendo que os ruídos são decorrentes da "montagem" realizada, o que altera o perfil e a continuidade original da canção. Olha só, com a colaboração de nosso novo amigo LUCAS, alguns esclarecimentos estão sendo realizados. Aqui, ele que também é fã e conhecedor das composições de Alexandre de Faria, nos esclarece que nesse link existem duas músicas. A primeira é a Adagio para Cordas até os 42 segundos, a seguir, toca a Adágio para Ricardo. Ele acreditou que se tratava de apenas uma, mas são duas canções. No 4shared tem a versão da Adagio para Cordas. Segue o link só da Adágio para Ricardo: http://www.4shared.com/audio/Qt4_h0p7/Adagio_para_Ricardo_-_Alexandre.html - É bem parecida com a Adágio. Obrigada, Lucas.  

Adágio - Novela América - por Alexandre de Faria

Trilha Incidental de Novela composta para a novela "América".

Nota: Este vídeo foi gravado por terceiros, diretamente da TV, sendo que os ruídos são decorrentes da "montagem" realizada, o que altera o perfil e a continuidade original da canção. 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

As If It Flows - Trilha Incidental de Novela - Alexandre de Faria

Nota: Este vídeo foi gravado por terceiros, diretamente da TV, sendo que os ruídos são decorrentes da "montagem" realizada, o que altera o perfil e a continuidade original da canção. De acordo com novo esclarecimento de Lucas, fã e conhecedor das composições de Alexandre de Faria, esta música foi interpretada pela cantora Luiza Rebuzzi e a música "Um Golpe de Mestre", publicada neste blog em outro post, é a mesma música sem a voz da Luisa. 


Miami Midnight - Trilha Incidental de Novela - Alexandre de Faria

Nota: Este vídeo foi gravado por terceiros, diretamente da TV, sendo que os ruídos são decorrentes da "montagem" realizada, o que altera o perfil e a continuidade original da canção. 

Sanctus (FULL) - Trilha Incidental de Novela - Alexandre de Faria

Nota: Este vídeo foi gravado por terceiros, diretamente da TV, sendo que os ruídos são decorrentes da "montagem" realizada, o que altera o perfil e a continuidade original da canção. Lucas,também um fã e conhecedor das composições de Alexandre, esclare que "a versão FULL da Sanctus tem 2 versões.A 1a. é a versão sem os instrumentos, bem tenebrosa, até os 1 min e 12 seg., depois vem a versão completa, digo, original, com todos os instrumentos, depois do 1 min e 12 seg. Começa o trompete, depois um piano grave e os outros arranjos e quem canta é o próprio Alexandre de Faria e o cantor Betto Serrador, esse com o grave da música". Nossa! Genial as novas informações. Agradeço Lucas e espero contar sempre com sua contribuição valiosa.


Sanctus (parte 2) - Trilha Incidental de Novela - Alexandre de Faria

Nota: Este vídeo foi gravado por terceiros, diretamente da TV, sendo que os ruídos são decorrentes da "montagem" realizada, o que altera o perfil e a continuidade original da canção. 

Triste Aço - Trilha Incidental de Novela - Alexandre de Faria

Nota: Este vídeo foi gravado por terceiros, diretamente da TV, sendo que os ruídos são decorrentes da "montagem" realizada, o que altera o perfil e a continuidade original da canção. 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Sanctus - Trilha Incidental de Novela - Alexandre de Faria

Nota: Este vídeo foi gravado por terceiros, diretamente da TV, sendo que os ruídos são decorrentes da "montagem" realizada, o que altera o perfil e a continuidade original da canção. 

Sanctus 02 - Trilha sonora incidental - Alexandre de Faria

Nota: Este vídeo foi gravado por terceiros, diretamente da TV, sendo que os ruídos são decorrentes da "montagem" realizada, o que altera o perfil e a continuidade original da canção. 

Sanctus 03 - trilha incidental - Alexandre de Faria

Nota: Este vídeo foi gravado por terceiros, diretamente da TV, sendo que os ruídos são decorrentes da "montagem" realizada, o que altera o perfil e a continuidade original da canção. 


Supense 1 (nome original "Elevação" - Trilha incidental de novela - Alexandre de Faria

Nota: Este vídeo foi gravado por terceiros, diretamente da TV, sendo que os ruídos são decorrentes da "montagem" realizada, o que altera o perfil e a continuidade original da canção. Mais uma contribuição de nosso novo amigo: Ele nos esclarece que o nome original da música é "Elevação", de América, que também foi tocada em Escrito nas Estrelas. 

Suspense 02 - Trilha incidental de novela - Alexandre de Faria

Nota: Este vídeo foi gravado por terceiros, diretamente da TV, sendo que os ruídos são decorrentes da "montagem" realizada, o que altera o perfil e a continuidade original da canção. 

Suspense 03 - Trilha incidental - Alexandre de Faria

Nota: Este vídeo foi gravado por terceiros, diretamente da TV, sendo que os ruídos são decorrentes da "montagem" realizada, o que altera o perfil e a continuidade original da canção. 

Valsa Etéria 2 - Alexandre de Faria

Nota: Este vídeo foi gravado por terceiros, diretamente da TV, sendo que os ruídos são decorrentes da "montagem" realizada, o que altera o perfil e a continuidade original da canção. 

Um Golpe de Mestre - Alexandre de Faria

Nota: Este vídeo foi gravado por terceiros, diretamente da TV, sendo que os ruídos são decorrentes da "montagem" realizada, o que altera o perfil e a continuidade original da canção. 

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Por Mais Que Eu Tente


A série Malhação é um artigo raro na televisão brasileira: um bem-sucedido programa para adolescentes e também sobre a adolescência. Enquanto os jovens se identificam com seus personagens e situações, os adultos – leia-se os pais – encontram nele uma janela para entender o comportamento e os temas que estão na ordem do dia entre os jovens.  "É o melhor custo/benefício da Globo", diz o diretor de núcleo Ricardo Waddington, responsável pelo programa.

Olha só, numa das temporadas de Malhação, havia uma banda no cólégio formada por alguns alunos, integrada pelos atores Marjorie Estiano, João Velho, Guilherme Berenguer e Juliana Didone, chamada Banda "Vagabanda", inclusive foi alí que surgiu a Marjorie. Lembram-se? Foi em meados de 2007.  Uma das músicas tocadas e que fez bastante sucesso foi "Por Mais que Eu Tente", composição de Alexandre Castilho, "Alexandre de Faria" e Victor Pozas. Deixo a letra e o vídeo.

"Por mais que eu Tente"

Se o vento sopra sem sentido
as estrelas podem me guiar
se eu não te tenho aqui comigo
quando eu sonho eu posso encontrar

A liberdade sempre andou comigo
nas esquinas de algum lugar
mas o meu lugar é estar contigo
eu não posso mais me controlar


Por mais que eu tente lhe dizer
o quanto eu sinto por você
como é possivel não saber
que eu te quero

Não importa se estou sozinho
eu não tenho como te esquecer
vagando pelas ruas sem destino
se me perco me encontro em você

Por mais que eu tente lhe dizer
o quanto eu sinto por você
como é possivel não saber
que eu te quero

Por mais que eu tente lhe dizer
o quanto eu sinto por você
como é possivel não saber
que eu te quero


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Fórum Violão Erudito - Entrevista realizada por "Fábio Zanon" com "Alexandre de Faria" (22/07/2000) - 1a. parte

Foi incrível a entrevista feita por Fábio Zanon com Alexandre de Faria, no site http://www.oocities.com.br/. Ele possui composições lindíssimas e consideradas obras importantes para o violão, tais como: "Entoada" (que venceu o Concurso "Andrés Segóvia" de Composição),"Olhos de uma lembrança" ( gravada por Zanon no seu CD do selo Naxos ), "Concerto pra violão e Orquestra de Cordas", obras para piano entre outras.

Aqui ele conta sobre sua obra, sua formação musical e o  processo de compor. Uma entrevista enriquecedora para qualquer músico
ou interessado na música. Só temos a agradecer a Fábio Zanon e Alexandre de Faria. Obrigada Zanon e obrigada Alex por existirem. Vamos à entrevista


1- Você sempre sentiu o impulso de compor, desde o início de seus estudos musicais?

Sim. Na verdade este impulso de “criar” surgiu muito antes do meu interesse em “tocar” um instrumento. Iniciei meus estudos musicais aos doze anos, aprendendo o violão clássico associado com a teoria musical. Foi a descoberta de um universo de possibilidades infinitas. A minha iniciação musical foi totalmente direcionada para a música clássica por iniciativa própria. Eu nunca toquei guitarra elétrica e na verdade o famoso e “cansado” tema Stairway to heaven eu aprendi pela partitura. Mas o fato é que desde aquela época eu escrevia meus “teminhas” musicais. Isso foi muito legal pois hoje eu tenho um histórico completo do meu desenvolvimento de idéias nos cadernos de música que guardo desde aquela época.
     
    2- Como esse impulso dialogou com sua atividade como violonista no início?
  
Eu acredito que o impulso de criação musical surgi por curiosidade, espontaneamente. Essa fase é muito involuntária e descompromissada, até que você descobre que na verdade está fazendo uma auto-análise por intermédio da música. E que escrevendo música você pode dizer coisas que suas palavras não poderiam traduzir, sequer detectar. A partir daí o ato de compor se torna uma necessidade. O violão foi o catalisador de todo esse processo. No início ele é tudo para você. A sua muleta, o seu ouvido. O seu instrumento é o primeiro anjo cúpido de um compositor. Principalmente quando você começa a estudar o repertório, a tal curiosidade te leva a escrever as suas próprias músicas!
  
    3- Quem foram seus principais professores de violão e de música no Brasil e qual foi o impacto que eles tiveram na formação de sua personalidade? Quais foram suas outras atividades extracurriculares que contribuíram para sua formação musical?
  
O meu primeiro professor de violão foi o Eduardo Cameniestzki. Hoje nós somos grandes amigos. O meu principal professor foi o Nícolas de Souza Barros, com quem estudei no meu curso de bacharelado na UNI-RIO. Ele foi a pessoa responsável por me fazer tocar violão direito. O Nícolas é um dos melhores professores de violão no Brasil. Ele tem uma visão muito científica do instrumento e muita coisa a contribuir para a formação dos violonistas brasileiros. O Sérgio Abreu foi também uma pessoa muito importante para mim. Sempre que eu tinha um concerto, um concurso, eu ia tocar para o Sérgio e ele me dava uma orientação informal. Como eu e ele temos um horário de vida similar, os meus amigos não achavam estranho eu chegar na casa do Sérgio as 4:00 da manhã e sair às 11:30! Violão a parte, no Brasil o Koellreutter foi a pessoa fundamental que abriu minha cabeça e me impulsionou a encontrar o meu modo de compor. Quem já foi orientado por ele sabe do que eu estou falando. Estudei com ele por muitos anos e ele só me deu aulas de composição depois de ter completado o curso de contra-ponto, análise, estética, etc...(Ele estava certo quanto a isso!)
  
    4- Você acha que a separação do ensino de instrumento e de técnicas de composição é uma coisa necessária e desejável?
  
Não sei. O que eu acho é que os cursos de análise de dados nas Universidades Brasileiras são fracos, ultrapassados e um desserviço (quase uma inutilidade) aos instrumentistas. Também acho que os violonistas-compositores deveriam procurar suprir esta deficiência de alguma forma e também estudar composição, muito mais do que fazem. Generalizando, o violonista tem uma tendência genética a compor com “os dedos nas cordas” e não na caneta e no papel. Não é muito raro encontrarmos peças para violão escritas por violonistas. São muito orgânicas para o instrumento mas muitas delas são insípidas em conteúdo estrutural.
  
    5- Até um certo momento você contemplou a carreira de intérprete e chegou a obter resultados invejáveis nesse setor. Qual foi o momento em que sentiu que era necessário optar pela composição e deixar o violão de lado? Foi uma decisão difícil?
   
Foi quando percebi que eu não conseguiria ter a mesma disciplina de estudo pelo resto da vida. Ao mesmo tempo o meu comprometimento com a composição crescia a tal ponto que ou eu escrevia ou estudava violão. Foi uma decisão séria mas natural. Parei de estudar violão em 1994, quando estava escrevendo o meu quarteto de cordas. Acho que agora eu estou contribuindo muito mais para o violão do que se eu estive tocando. Não acho que ter escrito até o momento 2 concertos para violão e orquestra, 2 prelúdios, Entoada (sonata) e algumas peças em duos, seja exatamente “deixar o violão de lado”. É simplesmente namorá-lo à distância!
  
    6- A todo momento vê-se músicos proeminentes declararem que a composição contemporânea está num beco sem saída. Entretanto você continua impávido aumentando sua produção. Você vê um beco sem saída no aspecto de linguagem?
  
Vivemos um momento maravilhoso! Muitos caminhos estão abertos e todas as possibilidades musicais que ocorreram no século 20 estão sendo digeridas. Alguma coisa muito nova e sólida vai surgir em breve, eu tenho certeza. Nós estamos num beco sem saída no aspecto do “conceito” do que é a música contemporânea, não no aspecto das linguagens. Isso é o importante no momento. O século 20 foi muito prolífico em termos de diversidade de tendências e estilos. Mas há algum tempo seria “inadmissível” um compositor escrever algo alla Mozart, por exemplo. Mas era OK se ele escrevesse alla Shöenberg ou Ligeti, ou Lutoslawski, conforme a tendência da vanguarda em vogua. Como se fosse menos pastiche porque a linguagem era século 20 e não 19! Para mim ambas as possibilidades são equivocadas. Não se recria um Ligeti, um Berio ou um Messian, da noite para o dia. Esses homens desenvolveram vozes próprias, personalidades musicais únicas e inigualáveis dentro de seus universos individuais. Hoje o conceito da individualização da linguagem é muito mais nítida e imperante. Isso vem acontecendo concomitantemente com os avanços da engenharia genética. As obras de um compositor devem necessariamente ter o código genético do mesmo! Apenas duas notas são necessárias para que reconheçamos uma obra de Rachmaninoff, no entanto sua linguagem foi de longe algo novo em sua época. Talvez tenha sido essa sua maior contribuição para a música do século 20.
  
    7- A produção atual aponta para um gradual depuramento das vanguardas dos anos 50 e 60 para um momento de síntese. Você se vê como um compositor de síntese?
   
Acredito que o que respondi na pergunta anterior seja o que eu busco para a minha música. O meu objetivo particular. Eu não sou um compositor de vanguarda. Sinceramente nem saberia ser, pois estou trabalhando num sentido totalmente oposto. Também não me considero um compositor conservador. Sim, eu me vejo como um compositor de síntese, se você considerar que essa minha busca por uma linguagem individual se baseia na influência que compositores das últimas décadas exerceram sobre a minha forma de compor. Eu só acho que a minha síntese se baseia em elementos um pouco diferentes dos que estão sendo usados atualmente.
  
    8- O seu trabalho até agora estabelece um estilo que é ao mesmo tempo complexo do ponto de vista harmônico e formal e descomplicado ritmicamente. Qual é a razão disso? Ritmo não está no topo de sua lista de prioridades? E métrica?
  
Ritmo talvez não. Pulso, definitivamente sim. Todo o meu trabalho atual baseia-se no conceito de repetição (não estou falando de minimalismo em música). Essa simplificação às figuras rítmicas básicas tem como função a intensificação dos efeitos psicológicos inerentes nas minhas composições (o primeiro movimento do Concerto n.2 “Mikulov” é um bom exemplo). Essa idéia eu “roubei” do minimalismo na pintura: perda da perspectiva e redução às cores básicas. Como Stravinsky falava, um compositor nunca pega emprestado. Ele rouba!
  
   9- Qual é a raiz de sua linguagem harmônica? Você se serve de algum método específico para garantir a ordem e um senso harmônico num contexto atonal? Há saída que não o serialismo?
  
Eu utilizo um sistema que venho desenvolvendo em minhas composições e que batizei de fixed harmony. Simplificadamente, eu elejo um grupo de acordes que funcionarão como pilares estruturais. Dependendo do acorde ele pode ser transposto ou não. Mas a idéia fundamental da fixed harmony é que os acordes não são transpostos. A inversão e o registro de um acorde são fixas e imutáveis, por várias razões que não cabe aqui debatermos. Existe um outro conceito que orienta e controla a organização harmônica. Eu chamo de pitch significance. Cada uma das 13 notas (estou considerando uma escala que começa num si bemol e se estende ao próximo si bemol oitava acima, inclusive!) tem uma significância extra-musical e ímpar. São símbolos psicológicos únicos para cada nota, mas arbitrariamente definidos. A pitch significance rege não somente meu controle harmônico mas principalmente meu discurso musical. Tendo dito isso é fácil compreender que trabalho com sistemas não-atonais não-seriais, e óbviamente não-tonais. Eu tenho com isso as insistências focais do tonalismo associadas às texturas relativas ao atonalismo. E em menor dose de parâmetros, o determinismo que o serialismo se baseia.

(continuação - 2a. parte - postagem a seguir)

Entrevista realizada por Fábio Zanon com Alexandre de Faria - 2a. parte

Entrevista realizada por Fábio Zanon com Alexandre de Faria - 2a. parte:

10- O processo de repetição e defasagem tem uma presença crucial no seu trabalho. De onde vem esse interesse?

    Vem da eterna discussão: música expressa alguma coisa ou não? Se você acha que não, como no meu caso, então a música seria um dispositivo psicológico que induziria o ouvinte a ter uma determinada reação, ou entrar num determinado processo de catársis. De acordo com suas próprias experiências pessoais. O que faço é levar este ouvinte ao extremo de uma possibilidade sonora utilizando esses recursos. Isso não faz do que escrevo algo totalmente palatável. Alguns dizem o contrário. Mas faz com que o ouvinte fique conectado ao discurso musical pela reincidência das gestalts pilares da obra.
     
    11- Você já tem uma produção extensa envolvendo o violão. É a demanda que determina ou você acha há aspectos da composição para violão que ainda precisam ser explorados?
  
    Existem aspectos da composição para violão que ainda devem ser desenvolvidos. O mais importante para mim é compor um repertório coerente, de fôlego e com formas expandidas. O violão não precisa ser somente um instrumento de miniaturas ou transcrições. Esse cenário tem se modificado muito nas últimas duas décadas (muitos compositores e violonistas compartilham desse ponto de vista). Mas os violonistas, na média, ainda não se sentem muito confortáveis com peças de longa duração (que esse comentário não sege mal interpretado). Vale lembrar que o ícone do repertório para violão e orquestra, O Concerto de Aranjuez, tem uma duração média de 26 minutos, enquanto que o Concerto para piano n.2 de Brahms ( um dos ícones do piano) tem 50 minutos de duração. É uma comparação tola mas exemplifica o que quero dizer. O Tippet com sua “the blue guitar” é um bom exemplo do que estou falando, apesar de particularmente não gostar da obra.
  
    12- O dado de brasilidade tem um papel em sua obra? Por quê?
  
    O violão é “O instrumento” da alma brasileira. Quanto são os compositores aqui no Brasil que nunca compuseram para o instrumento? É quase uma herança de responsabilidade contribuir para o repertório de um instrumento tão maravilhoso. Ainda mais eu sendo violonista de formação. Não sei se o que eu escrevo soa brasileiro. Acho que não...Na verdade nunca me preocupei com isso mas pessoas já comentaram que em alguns momentos a “brasilidade” surge muito claramente. Eu acho o segundo movimento da Entoada muito brasileiro, por exemplo
  
    13- Algumas de suas obras utilizam-se de afinações incomuns. Isso é uma tentativa de fugir dos clichês determinados pelas cordas soltas e pelo braço do violão
  
     O Birtwistle, uma vez no pub, me contou a história de quando o Julian Bream encomendou uma peça para ele. Ele foi para casa e uma semana depois voltou ao Julian Bream pedindo desculpas mas não iria escrever a peça! Ele me disse que durante àquela semana ele ficou pensando: “...mas aquela sexta corda mi me encomodava demais, eu não sabia o que fazer com ela solta lá, o tempo todo...”. E o violão deixou de ter uma obra de sir Harrison Birtwistle por causa da sexta corda mi!! O violão não tem necessariamente que ser afinado da forma que é. E o instrumento responde muito bem com inúmeras outras afinações, ao contrário dos instrumentos de cordas friccionadas onde o recurso é muito mais limitado. Eu tendo a mudar a afinação do violão de acordo com a “pitch significance” da obra (pergunta 9). E eu gosto também dessas sonoridades diferentes proveniente das afinações incomuns. O violonista é naturalmente um excelente leitor de scordatura. Isso nos deixa confortável para utilizar o recurso sempre que preciso. Eu utilizei a scordatura em outras peças, como para um quarteto de cellos, Angústia; e um duo de violinos, Desafios. Os músicos de cordas são muito mais resistentes e relutantes com a idéia. E necessariamente você tem que transpor as partes!
  
    14- Você tem trabalhado constantemente com música para tv, cinema e publicidade. Você acha que esse é um caminho para se fazer boa música? Como este lado dialoga com sua produção musical?
   
    Não acho. Acho que a música tanto para tv, cinema ou publicidade são muito comprometidas com o produto em si. Raras são as possibilidades em que o produtor te dá liberdade para utilizar uma linguagem mais de ponta. O lado bom é que todos os fatores limitantes de uma trilha (restrições de minutagem, etc) se tornam um grande exercício de economia. Eu particularmente não misturo o trabalho de trilha com as minhas composições. É a forma que eu descobri para fazer o melhor que eu puder em ambos os universos.
  
    15 -Você percebeu alguma mudança fundamental no seu perfil compositivo depois de sua estádia na Inglaterra?
  
    Foi um período fundamental para que eu sistematizasse a forma com que eu escrevo música. Foi um momento de decupagem dos meus processos musicais. Processos esses que são a base do que ando escrevendo agora e que com certeza continuarei a desenvolver nos próximos anos. Outro fator é que estou muito mais detalhado e minucioso na escrita musical, coisa que eu era muito falho e relapso.
  
    16 - Você vê algum buraco no repertório do violão que ainda precisa ser preenchido?
   
    Difícil responder...mas eu gostaria que os compositores do “primeiro escalão” escrevessem mais para o instrumento. Ainda é pouco! Eu vou ficar feliz quando um Ligeti fizer uns dois concertos para violão e orquestra; o Donatoni uma série delas ao seu estílo; O Oliver Knussen; o Birtwistle; o Pierre Boulez um ciclo de dez obras; e todos os outros da lista do primeiro time...Você consegue imaginar o que eu estou sugerindo?
  
    17- Como os violonistas brasileiros podem conseguir as partituras de suas obras?
  
    A Entoada (1993) está publicada pela editora espanhola E.M.E.C.. Pelo site da E.M.E.C. na internet você deve consegui-la. O Concerto n.1, Concerto n.2 “Mikulov” para violão e os Prelúdios eu devo estar editando comercialmente no final do ano. De qualquer forma a melhor maneira seria entrar em contato comigo pelo e-mail: “alexdefaria@yahoo.com”.
  
    18- Fale de seus projetos para o futuro próximo.
  
    Estou escrevendo um Concerto para piano e orquestra que vai ser estreado outubro do ano que vem na Hungria pela Hungarian Chamber Music Symphony e Patricia Vanzella ao piano. Esse Concerto é uma encomenda, que vai me reter por um bom tempo. Dando, eu gostaria de escrever uma peça para grande orquestra que está no rascunho e eu ainda não tive coragem de escrever.