quinta-feira, 19 de maio de 2011

Conserto Histórico da SOS OSB

Eu estava lá. Eu vivi aquele concerto. Tive o prazer de ouvir todo o concerto de pé. Antônio Guerreiro estava sentado ao meu lado. Ele pode. Também encontrei e falei com nossos grandes mestres Alceu Reis, José Botelho, Sandrino Santoro, Ricardo Tacuchian entre dezenas de outros. Esses nossos grandes professores foram diminuídos públicamente, em matéria,  quando quiseram denegrir a qualidade do ensino de música no Brasil. Eles estavam lá também. Senti vontade de pedir desculpas a todos eles pela injustiça e ingratidão declarada por terceiros, após décadas de dedicação desses reais maestros ao ensino da música. Quis ligar pro Paulo Bosísio!
Fiquei orgulhoso de ter a minha MUSIMAGEM citada na lista dos que apoiam o movimento e orgulhoso  por ter contribuÍdo na confecção da carta de apoio da entidade. Tudo o que foi dito nos discursos que antecederam o concerto sintetizam bem toda a situação. E a música... resolve e encerra o caso definitivamemente! Nada mais precisava ser dito após aquela récita.
O maestro que não tiver a capacidade de por conta própria e qualidade pessoal de liderança, elevar parte daquele grupo (sim, a outra parte era de amigos que não tem o entrosamento de décadas de ensaios diários, e mesmo assim foi lindo!) ao melhor nível mundial de orquestra, não merece reger a OSB. Não é um maestro suficientemente completo para a tarefa. Falta-lhe parte dos requisitos necessários para atingir suas próprias metas. É portanto ilegítimo e foi reprovado na prova de avaliação criada por ele mesmo. Ele foi julgado pelos músicos, pela comunidade musical brasileira e mundial. E só se mantém no cargo por intermédio de pistolão, artificialmente. Sabemos disso. Estávamos lá. 
Resta, então, o pedido de desculpas a todos os grandes professores que tivemos. E cabe à nós, seus filhos artísticos, pagar essa dívida. Cabe a nós repassar o que recebemos à próxima geração. A próxima geração está testemunhando tudo isso, e isso é parte do nosso legado.


Todos que estavam lá, como eu, vão dormir com a consciência limpa.
Mas não posso deixar de pensar que muitos, naquela noite de sábado, foram dormir com amargura e remorso. Aprendi com a minha mãe que SEMPRE defendemos nossos irmãos, nunca os deixamos sem amparo e se for para morrer no campo de batalha, morremos todos juntos. Com honra.
Parabéns a todos os que participaram do histórico concerto de sábado.

Viva!

Alexandre de Faria

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